quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ESCLARECIMENTOS SOBRE A POLÊMICA DOS ADOÇANTES ARTIFICIAIS


Publicação online vem causando polêmica ao sugerir a possibilidade dos adoçantes artificiais de induzir à intolerância à glicose e mesmo ao diabetes e à obesidade.
A revista Nature publicou em 17 de setembro a última versão online de um estudo que vem causando polêmica em todo o mundo [1] ao sugerir a possibilidade dos adoçantes artificiais de induzir à intolerância à glicose e mesmo ao diabetes e à obesidade.
Em resumo, os seguintes tópicos reproduzem as conclusões do estudo:
1 - O estudo foi conduzido em ratos e em 7 humanos saudáveis e não usuários de adoçantes artificiais, dos quais apenas 4 apresentaram um quadro significativo de intolerância à glicose quando expostos a doses usuais de sacarina durante uma semana.
2 - Em ratos, o uso de sacarina, sucralose e aspartame promoveu um aumento do risco de intolerância à glicose.
3 - Os mecanismos desse efeito colateral dos adoçantes artificiais ainda não está bem esclarecido, mas parece estar relacionado com alterações na microbiota dos indivíduos expostos a adoçantes.
4 - Paralelamente, os pesquisadores analisaram 400 indivíduos e descobriram que as bactérias intestinais dos usuários de adoçantes eram bastante distintas daquelas encontradas em não-usuários.
Os autores salientaram, entretanto, que os resultados desse estudo são preliminares e que, por isso, as conclusões do estudo não devem ser encaradas como recomendações clínicas destinadas a inibir o uso de adoçantes artificiais.
Nessa mesma linha, os autores recomendam que as pessoas não devem encarar os achados do estudo como um conceito segundo o qual as bebidas açucaradas devam ser preferidas, em detrimento dos adoçantes artificiais.
Até que essa polêmica seja resolvida no futuro, não há no momento nenhuma recomendação no sentido de propor a suspensão do uso de adoçantes artificiais, uma vez que esses produtos são considerados seguros, conforme posicionamentos da Food and Drug Administration, da American Diabetes Association e da American Medical Association, entre outras.
Fonte: Suez J, Korem T, Zeevi D et al. Artificial sweeteners induce glucose intolerance by altering the gut microbiota. Nature. Publicado online em 17 de Setembro de 2014. DOI: 10.1038/nature13793

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Cura para diabetes tipo 1 agora é iminente após a descoberta de células-tronco pela Universidade de Harvard





      A cura para o diabetes pode estar iminente depois que cientistas descobriram como fazer enormes quantidades de células produtoras de insulina, um avanço saudado como tão significativo quanto o descobrimento dos antibióticos.
      A Universidade de Harvard, pela primeira vez, conseguiu fabricar milhões de células beta necessárias para o transplante.
      Isso pode significar o fim das injeções diárias de insulina para as milhões de pessoas que vivem no mundo com diabetes tipo 1.
     Este avanço marca o ápice de 23 anos de pesquisas para o professor de Harvard, Doug Melton, que vem tentando encontrar uma cura para a doença desde que seu filho, Sam, foi diagnosticado com diabetes tipo 1 quando ainda era um bebê.
  “Estamos agora apenas a uma etapa pré-clínica de distância da linha de chegada”, disse o Prof Melton.
     Questionado sobre a reação de seu filho, ele disse: “Eu acho que, como toda criança, ele sempre assumiu que, se eu disse que ia fazer isso, eu faria mesmo, foi gratificante saber que pudemos fazer algo que sempre pensei ser possível”.
  As células beta derivadas de células-tronco estão atualmente em fase de testes em modelos animais, incluindo primatas não-humanos, onde elas ainda estão produzindo insulina depois de vários meses, disse o Prof Melton.
   A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que faz o pâncreas parar de produzir insulina – o hormônio que regula os níveis de glicose no sangue.
   Se a quantidade de glicose no sangue for demasiado elevada, pode danificar seriamente os órgãos do corpo ao longo do tempo.
   Enquanto os diabéticos podem manter seus níveis de glicose sob controle através da injeção de insulina, ela não fornece o ajuste fino necessário para controlar adequadamente o metabolismo, o que pode levar a complicações devastadoras como a cegueira ou perda de membros.
     Cerca de 10 por cento de toda a diabetes é do tipo 1, mas esta é o tipo mais comum de diabetes na infância. 29.000 jovens sofrem na Grã-Bretanha.
    A equipe da Harvard utilizou células-tronco embrionárias para produzir células produtoras de insulina humana equivalentes, em quase todos os sentidos, ao funcionamento normal das células em grande quantidade.
  Chris Mason, professor de medicina regenerativa da Universidade College London, disse que era “potencialmente um grande avanço médico”.
    “Se essa tecnologia escalável está provado funcionar tanto na clínica quanto em sua produção, o impacto sobre o tratamento da diabetes será um divisor de águas médico em pé de igualdade com a ação dos antibióticos sobre as infecções bacterianas”, disse ele.
    Professor Anthony Hollander, Chefe do Instituto de Biologia Integrativa da Universidade de Liverpool, acrescentou: “Esta é a investigação fundamental muito emocionante que resolve um grande obstáculo para o desenvolvimento de um tratamento com células-tronco para diabetes.
   “O estudo fornece um método muito elegante e convincente para a geração de células produtoras de insulina funcionais em grande quantidade”.
    Professor Mark Dunne, da Universidade de Manchester, acrescentou: Acima de tudo, este é um importante avanço para o campo da diabetes e para as pessoas com diabetes tipo 1″.
   Professor Elaine Fuchs, da Universidade Rockefeller, descreveu os resultados como “um dos avanços mais importantes até à data de hoje no campo de células-tronco”.
     “Por décadas, pesquisadores têm tentado gerar células beta pancreáticas humanas que poderiam ser cultivadas e passadas de longo prazo em condições onde pudessem produzir a insulina”.
      Um relatório sobre o trabalho foi publicado na revista Cell.

Fonte: Blog Tia Beth

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Diabéticos do DF terão centro especializado para tratamento

Licitação das obras está aberta e o objetivo é tornar o atendimento uma referência nacional


O Centro de Referência em Diabetes do Distrito Federal será construído em Taguatinga Norte, próximo ao Hospital Regional de Taguatinga. As empresas de engenharia interessadas já podem concorrer na licitação para construir a unidade, com investimento estimado em R$ 4,8 milhões. Um sonho antigo dos profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o local se tornará um polo especializado no tratamento da doença.“O Centro vai atender os pacientes mais graves. Aqueles que adquiriram o tipo 1 da doença ou que têm o tipo 2, mas com alguma complicação. Além disso, será uma unidade que vai capacitar profissionais de outras cidades e, se for o caso, de outros estados, para que sejam multiplicadores de nossos protocolos de atendimentos em suas regionais”, explicou a assistente da Coordenação Central de Diabetes da SES-DF, Eliziane Brandão Leite.A previsão da SES é que o centro esteja atendendo a partir do segundo semestre do próximo ano. Em relação ao número de pacientes, a meta é abarcar um percentual alto daqueles pacientes mais graves entre os cerca de 150 mil diabéticos do DF.“Pretendemos formar uma equipe multiprofissional composta, além de endocrinologistas, por todos os profissionais que podem contribuir no tratamento da diabetes, como oftalmologistas, cirurgiões vasculares, ortopedistas, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas”, destacou Eliziane Leite.Fonte: Agência Brasília

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES


  • Público Alvo: Clínicos, cardiologistas, residentes e recém-formados em todas as especialidades.
  • Data: 31 de outubro e 1º de novembro de 2014.
  • Local: Brasília - DF