segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A SEGURANÇA DA METFORMINA NO CONTROLE DO DIABETES GESTACIONAL




O uso de metformina durante a gravidez ainda é controverso, apesar do número crescente de relatos sobre a segurança e a efetividade da metformina. O presente estudo avaliou a segurança materna e neonatal da metformina em pacientes com diabetes gestacional.
Foram analisados os prontuários clínicos de 186 mulheres com diabetes gestacional. Os desfechos maternos e fetais de 32 mulheres que receberam metformina durante a gravidez foram comparados a 121 mulheres controladas com dieta e a 33 mulheres que receberam tratamento insulínico.
Os resultados mostraram que não houve diferenças significativas entre os grupos submetidos ao tratamento dietético e ao tratamento com metformina, em termos de taxas de aborto, pré-maduridade, pré-eclâmpsia, macrossomia, tamanho pequeno ou grande para a idade gestacional, frequência de cesarianas, admissões à UTI neonatal, malformações congênitas ou danos neonatais. Da mesma forma, não houve diferenças entre os grupos de metformina e insulina, em relação aos mesmos parâmetros mencionados acima. Dez das 32 pacientes que receberam metformina também necessitaram de tratamento adicional com insulina.
Os autores concluíram que este estudo retrospectivo sugere que a metformina é uma alternativa segura ou um tratamento adicional à insulina em mulheres com diabetes gestacional. A metformina não esteve associada a um risco mais alto de complicações maternas ou neonatais, em comparação com o tratamento dietético ou insulínico.
Fonte: SBD - Dr. Augusto Pimazoni Netto

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

BAIXOS NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D PODEM SER PREDITORES DE COMPLICAÇÕES DO DIABETES TIPO 2 (DM2)

Pessoas com diabetes frequentemente desenvolvem doença vascular. O presente estudo investigou a correlação entre níveis séricos de vitamina D e risco cardiovascular (incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral), bem como em relação às complicações microvasculares (incluindo retinopatia, nefropatia, neuropatia e amputação).
Nada menos que 50% dos pacientes de um estudo observacional com 5 anos de duração apresentava baixas concentrações séricas de vitamina D, conforme indicado por uma concentração mediana dessa vitamina, da ordem de 49 nmol/L. Esses pacientes com concentrações inferiores a 50 nmol/L apresentaram uma incidência cumulativa mais alta de eventos macrovasculares e microvasculares, em comparação com aqueles pacientes com níveis séricos acima de 50 nmol/L. Uma análise multivariada estratificada por tratamento e ajustada para interferentes relevantes identificou a concentração sérica de vitamina D como um preditor independente de eventos macrovasculares. Níveis abaixo de 50 nmol/L promoveram um aumento significativo de 23% no risco de complicações macrovasculares. Da mesma forma, o risco de complicações microvasculares também foi 18% maior nessa população de maior risco.
Os autores concluíram que baixas concentrações de vitamina D estão associadas a um risco aumentado de eventos micro e macrovasculares em pacientes com DM2, porém, a relação causal ainda não foi precisamente estabelecida.
Fonte:Site SBD - Dr. Augusto Pimazoni Netto