quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

BEBIDAS ALCOÓLICAS E DIABETES



Uma pergunta frequente no consultório sempre que alguém recebe o diagnóstico de diabetes mellitus é: “Posso beber um vinho ou uma cervejinha vez ou outra? Quanto posso beber?” Antes de responder esta dúvida frequente, é importante conhecermos algo chamado de “paradoxo clínico do álcool”.
O consumo de álcool pode causar doenças e aumentar o risco de morte. Por outro lado, o álcool também pode ajudar a prevenir problemas de saúde e aumentar a longevidade. Ora, como pode a mesma substância fazer mal e bem ao mesmo tempo? Chamamos isso de paradoxo clínico do álcool. O que define se o álcool fará bem ou mal é a quantidade e a maneira com que é consumido.
Para quem ainda não é diabético, o consumo de álcool em doses moderadas pode ajudar a prevenir a doença. Uma revisão de 15 estudos publicada na revista médica Diabetes Care em 2005 mostrou que o consumo diário de até 48 gramas de álcool (o equivalente a duas taças de vinho ou duas garrafas de cereja) estava associado a redução de 30% no risco de diabetes. Aparentemente, doses em torno de 30 gramas de álcool melhoram a sensibilidade a insulina, isto é, facilitam o funcionamento deste hormônio que ajuda nossas células a usar a glicose, o “açúcar do sangue”.
Em pacientes que já são diabéticos, o consumo moderado de álcool também pode ser benéfico. Um estudo israelense publicado em 2007 também na revista Diabetes Care evidenciou que o consumo de uma taça de vinho tinto ou branco todos os dias foi capaz de baixar a glicemia em jejum em 20 mg/dL durante os 3 meses de seguimento. Outro estudo, publicado na revista JAMA, com mais de 900 pacientes diabéticos idosos mostrou que o consumo de pelo menos 14 gramas de álcool por dia foi capaz de reduzir o risco de morte por doenças isquêmicas do coração em cerca de 80%.
No entanto, o consumo de álcool não é bom para todos os pacientes diabéticos. Pacientes com sintomas causados por doenças nos nervos periféricos (neuropatia diabética) ou com hipoglicemias (quedas de glicose) frequentes podem apresentar piora desses sintomas. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama e qualquer paciente com potencial para abuso de substâncias também devem ter o consumo desencorajado.
Por fim, grande parte do conhecimento sobre o consumo de álcool vem de estudos epidemiológicos. Isto quer dizer que são estudos sujeitos a falhas metodológicas e que os resultados devem ser interpretados com cautela. Apesar disso, e respondendo a pergunta inicial, à luz do conhecimento científico atual, o paciente diabético pode sim beber uma cervejinha sem maiores preocupações, desde que na dose apropriada e após avaliação do seu endocrinologista.
Fonte:Site SBD - Dr. Mateus Dornelles Severo

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Nova insulina com duração de 42 horas, dispensa horário fixo para aplicação





Nem todos os diabéticos utilizam insulina para controlar a doença, mas o grupo que precisa do hormônio para sobreviver sabe que é extremamente importante aplicar o medicamento na hora certa. A boa notícia é que já está disponível no mercado brasileiro uma insulina com duração de até 42 horas e sem necessidade de horário fixo para a aplicação da dose.
Comercializada pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk com o nome de Tresiba (degludeca), a insulina basal de ação ultralonga tem efeito pleno e estável, ou seja, sem picos glicêmicos e promete facilitar a adesão ao tratamento, diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do CPClin (Centro de Pesquisas Clínicas), de São Paulo.
― Depois do antibiótico, a insulina é o que mais salvou vidas na história da humanidade. No ano 2000, com o lançamento dos análogos de insulina de ação lenta, o controle do diabetes melhorou muito, mas não o suficiente. Com a chegada de uma insulina com maior tempo de duração, esperamos melhorar a qualidade de vida e proporcionar mais flexibilidade ao paciente.
Atualmente, o mercado brasileiro comercializa insulina com o máximo de tempo de duração de 24 horas. Embora a aplicação de Tresiba precise ser diária, como todas que existem hoje em dia, a vantagem é poder escolher o horário para tomar a dose, “sem a necessidade de ajustar o seu dia em função do medicamento”, enfatiza Eliaschewitz.
― É importante lembrar que o papel da insulina basal [ação lenta e ultralonga] é diferente da insulina de ação rápida. Enquanto a primeira controla a taxa de glicose produzida pelo fígado ao longo do dia, a outra é usada antes das refeições.
Outro benefício do novo produto é a redução dos episódios de hipoglicemia, especialmente noturna, comuns nos pacientes com diabetes que usam insulina, avisa o endocrinologista Antônio Roberto Chacra, chefe do Centro de Diabetes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
― A hipoglicemia é uma das principais barreiras para o paciente aderir à insulinoterapia. Além disso, ele associa o uso do medicamento ao agravamento do quadro, quando na realidade é uma forma de controlar melhor a doença.
A hipoglicemia é a queda da taxa de açúcar no sangue, sendo que os sintomas do quadro costumam aparecer quando essa taxa está abaixo de 70 mg/dl. Entre os sinais do quadro, Chacra cita “tremor, taquicardia, sensação de fome, sudorese, tontura e até coma”.
― Para reverter a situação, a recomendação é que o paciente consuma açúcar, como um copo de suco de laranja, bala, refrigerante normal ou algum alimento doce.
Tratamento para diabetes que desacelera consumo de insulina pode ser possível
A insulina Tresiba já está disponível em todo o Brasil pelo preço sugerido de R$ 120. Por enquanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda não autorizou o uso em crianças e grávidas.
Fonte: site Tia Beth

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Para 2014, a organização do Dia Mundial do Diabetes (14/11) no Brasil decidiu trabalhar três temas. Desta forma, foram desenvolvidos cartazes visando a prática da atividade física, a adoção de uma alimentação saudável e a educação em diabetes. Esses três pilares são fundamentais para a manutenção de uma vida saudável, pelos pacientes com diabetes.




quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ESCLARECIMENTOS SOBRE A POLÊMICA DOS ADOÇANTES ARTIFICIAIS


Publicação online vem causando polêmica ao sugerir a possibilidade dos adoçantes artificiais de induzir à intolerância à glicose e mesmo ao diabetes e à obesidade.
A revista Nature publicou em 17 de setembro a última versão online de um estudo que vem causando polêmica em todo o mundo [1] ao sugerir a possibilidade dos adoçantes artificiais de induzir à intolerância à glicose e mesmo ao diabetes e à obesidade.
Em resumo, os seguintes tópicos reproduzem as conclusões do estudo:
1 - O estudo foi conduzido em ratos e em 7 humanos saudáveis e não usuários de adoçantes artificiais, dos quais apenas 4 apresentaram um quadro significativo de intolerância à glicose quando expostos a doses usuais de sacarina durante uma semana.
2 - Em ratos, o uso de sacarina, sucralose e aspartame promoveu um aumento do risco de intolerância à glicose.
3 - Os mecanismos desse efeito colateral dos adoçantes artificiais ainda não está bem esclarecido, mas parece estar relacionado com alterações na microbiota dos indivíduos expostos a adoçantes.
4 - Paralelamente, os pesquisadores analisaram 400 indivíduos e descobriram que as bactérias intestinais dos usuários de adoçantes eram bastante distintas daquelas encontradas em não-usuários.
Os autores salientaram, entretanto, que os resultados desse estudo são preliminares e que, por isso, as conclusões do estudo não devem ser encaradas como recomendações clínicas destinadas a inibir o uso de adoçantes artificiais.
Nessa mesma linha, os autores recomendam que as pessoas não devem encarar os achados do estudo como um conceito segundo o qual as bebidas açucaradas devam ser preferidas, em detrimento dos adoçantes artificiais.
Até que essa polêmica seja resolvida no futuro, não há no momento nenhuma recomendação no sentido de propor a suspensão do uso de adoçantes artificiais, uma vez que esses produtos são considerados seguros, conforme posicionamentos da Food and Drug Administration, da American Diabetes Association e da American Medical Association, entre outras.
Fonte: Suez J, Korem T, Zeevi D et al. Artificial sweeteners induce glucose intolerance by altering the gut microbiota. Nature. Publicado online em 17 de Setembro de 2014. DOI: 10.1038/nature13793

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Cura para diabetes tipo 1 agora é iminente após a descoberta de células-tronco pela Universidade de Harvard





      A cura para o diabetes pode estar iminente depois que cientistas descobriram como fazer enormes quantidades de células produtoras de insulina, um avanço saudado como tão significativo quanto o descobrimento dos antibióticos.
      A Universidade de Harvard, pela primeira vez, conseguiu fabricar milhões de células beta necessárias para o transplante.
      Isso pode significar o fim das injeções diárias de insulina para as milhões de pessoas que vivem no mundo com diabetes tipo 1.
     Este avanço marca o ápice de 23 anos de pesquisas para o professor de Harvard, Doug Melton, que vem tentando encontrar uma cura para a doença desde que seu filho, Sam, foi diagnosticado com diabetes tipo 1 quando ainda era um bebê.
  “Estamos agora apenas a uma etapa pré-clínica de distância da linha de chegada”, disse o Prof Melton.
     Questionado sobre a reação de seu filho, ele disse: “Eu acho que, como toda criança, ele sempre assumiu que, se eu disse que ia fazer isso, eu faria mesmo, foi gratificante saber que pudemos fazer algo que sempre pensei ser possível”.
  As células beta derivadas de células-tronco estão atualmente em fase de testes em modelos animais, incluindo primatas não-humanos, onde elas ainda estão produzindo insulina depois de vários meses, disse o Prof Melton.
   A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que faz o pâncreas parar de produzir insulina – o hormônio que regula os níveis de glicose no sangue.
   Se a quantidade de glicose no sangue for demasiado elevada, pode danificar seriamente os órgãos do corpo ao longo do tempo.
   Enquanto os diabéticos podem manter seus níveis de glicose sob controle através da injeção de insulina, ela não fornece o ajuste fino necessário para controlar adequadamente o metabolismo, o que pode levar a complicações devastadoras como a cegueira ou perda de membros.
     Cerca de 10 por cento de toda a diabetes é do tipo 1, mas esta é o tipo mais comum de diabetes na infância. 29.000 jovens sofrem na Grã-Bretanha.
    A equipe da Harvard utilizou células-tronco embrionárias para produzir células produtoras de insulina humana equivalentes, em quase todos os sentidos, ao funcionamento normal das células em grande quantidade.
  Chris Mason, professor de medicina regenerativa da Universidade College London, disse que era “potencialmente um grande avanço médico”.
    “Se essa tecnologia escalável está provado funcionar tanto na clínica quanto em sua produção, o impacto sobre o tratamento da diabetes será um divisor de águas médico em pé de igualdade com a ação dos antibióticos sobre as infecções bacterianas”, disse ele.
    Professor Anthony Hollander, Chefe do Instituto de Biologia Integrativa da Universidade de Liverpool, acrescentou: “Esta é a investigação fundamental muito emocionante que resolve um grande obstáculo para o desenvolvimento de um tratamento com células-tronco para diabetes.
   “O estudo fornece um método muito elegante e convincente para a geração de células produtoras de insulina funcionais em grande quantidade”.
    Professor Mark Dunne, da Universidade de Manchester, acrescentou: Acima de tudo, este é um importante avanço para o campo da diabetes e para as pessoas com diabetes tipo 1″.
   Professor Elaine Fuchs, da Universidade Rockefeller, descreveu os resultados como “um dos avanços mais importantes até à data de hoje no campo de células-tronco”.
     “Por décadas, pesquisadores têm tentado gerar células beta pancreáticas humanas que poderiam ser cultivadas e passadas de longo prazo em condições onde pudessem produzir a insulina”.
      Um relatório sobre o trabalho foi publicado na revista Cell.

Fonte: Blog Tia Beth

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Diabéticos do DF terão centro especializado para tratamento

Licitação das obras está aberta e o objetivo é tornar o atendimento uma referência nacional


O Centro de Referência em Diabetes do Distrito Federal será construído em Taguatinga Norte, próximo ao Hospital Regional de Taguatinga. As empresas de engenharia interessadas já podem concorrer na licitação para construir a unidade, com investimento estimado em R$ 4,8 milhões. Um sonho antigo dos profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o local se tornará um polo especializado no tratamento da doença.“O Centro vai atender os pacientes mais graves. Aqueles que adquiriram o tipo 1 da doença ou que têm o tipo 2, mas com alguma complicação. Além disso, será uma unidade que vai capacitar profissionais de outras cidades e, se for o caso, de outros estados, para que sejam multiplicadores de nossos protocolos de atendimentos em suas regionais”, explicou a assistente da Coordenação Central de Diabetes da SES-DF, Eliziane Brandão Leite.A previsão da SES é que o centro esteja atendendo a partir do segundo semestre do próximo ano. Em relação ao número de pacientes, a meta é abarcar um percentual alto daqueles pacientes mais graves entre os cerca de 150 mil diabéticos do DF.“Pretendemos formar uma equipe multiprofissional composta, além de endocrinologistas, por todos os profissionais que podem contribuir no tratamento da diabetes, como oftalmologistas, cirurgiões vasculares, ortopedistas, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas”, destacou Eliziane Leite.Fonte: Agência Brasília

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES


  • Público Alvo: Clínicos, cardiologistas, residentes e recém-formados em todas as especialidades.
  • Data: 31 de outubro e 1º de novembro de 2014.
  • Local: Brasília - DF

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O IMPACTO DO CONTROLE GLICÊMICO SOBRE O RISCO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM PACIENTES COM DIABETES




O diabetes, em si, já é um fator de risco para insuficiência cardíaca (IC). Entretanto, ainda não está devidamente comprovada a correlação entre o controle glicêmico rígido e a redução na ocorrência de IC em pacientes diabéticos.
O presente estudo teve por objetivo avaliar esta questão, investigando as associações específicas de raças com diferentes níveis de hemoglobina glicada (A1C) e seu impacto no risco de IC em pacientes com diabetes.
O estudo incluiu 17.181 negros americanos e 12.446 brancos, os quais foram seguidos durante 6,5 anos exatamente com o objetivo de avaliar a ocorrência de IC durante o período de observação.
Durante o seguimento, foram identificados 5.089 casos de IC os quais se mostraram diferentemente associados a diferentes níveis de A1C no início do estudo. Em ambos os grupos estudados, os pacientes foram classificados de acordo com seis diferentes faixas de resultados de A1C, variando de -6,0% até >10,0%. Os resultados do estudo mostraram uma proporcionalidade direta entre níveis de A1C e ocorrência de IC. O maior risco de ocorrência de IC apresentou um aumento de 49% no grupo de negros americanos e de 61% no grupo de pacientes brancos portadores de diabetes. Essa associação proporcional também esteve presente em pacientes diabéticos com ou sem tratamento com agentes redutores da glicemia.
Os autores concluíram que o estudo sugere fortemente uma associação gradual positiva entre níveis de A1C e o risco de insuficiência cardíaca tanto em pacientes com diabetes, tanto nos negros como nos brancos.
Fonte: Zhao W, Katzmarzyk P, Horswell R et al. HbA1c and Heart Failure Risk Among Diabetic Patients.
J Clin Endocrinol Metab 2014;99(2):E263-7. doi: 10.1210/jc.2013-3325. Epub 2013 Jan 1.
Site: Sociedade Brasileira de Diabetes

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vídeo Institucional Diabetes Brasilia

Conheça a nossa clínica


Assista ao nosso vídeo e encontre o que você procurava em atendimento para diabetes e endocrinologia em geral.

Faça-nos uma visita!




 SCS Quadra 06 Bl.A
Ed. Carioca - sala 501
(61) 3037.6716 / 3037.6715

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Conheça um pouco da nossa história




Iniciamos nossa atividade em setembro de 2012. O projeto era um sonho de sua idealizadora, Eliziane Leite, endocrinologista, atuando há mais de 20 anos no Distrito Federal, para quem o tratamento do paciente diabético, sobretudo, não pode furtar-se de um atendimento multidisciplinar. Concretizando este conceito, instalamos a Clínica Diabetes Brasília e, não obstante tratar-se de um passo  ousado, o modus operandi não se revela, de todo, como sendo novidade absoluta. 
 
É certo que o serviço público de saúde já promove o tratamento multidisciplinar, conquanto funcione com suas equipes de saúde. Na iniciativa privada, refiro-me especificamente em Brasília, tal realidade ainda não havia sido experimentada. A suposta escassez de médicos endocrinologistas no Distrito Federal evidenciou a prática do individualismo e pode-se afirmar que até um brevíssimo período referidos médicos mantinham-se em seus consultórios particulares praticando a medicina isoladamente, a maioria deles sequer ofertando seus serviços para operadoras de plano de saúde.
 
Enfim, conseguimos implantar o nosso projeto e visando especificamente com maior ênfase os portadores de diabetes inauguramos a Clínica Médica DiabetesBrasília
 
Neste primeiro momento formamos a equipe com cinco endocrinologistas, duas nutricionistas e duas enfermeiras. Insta enfatizar que somos a clínica privada que concentra o maior número de especialistas em Brasília. Fizemos parcerias com educadores físicos, laboratórios, psicólogos e fisioterapeutas. A ideia, ora consolidada, consiste em prestar o mais completo atendimento.
 
O público alvo, sem dúvida, os pacientes portadores de diabetes e demais pacientes acometidos de patologias endócrinas. Não obstante, haja vista a localização da clínica, em ponto central da cidade, o público visado seria o paciente que sem acesso ao serviço público e também sem plano de saúde, pudesse experimentar um atendimento de máxima qualidade.
 
Estabelecemos que a consulta seria integrada, cabendo ao médico indicar a necessidade do paciente submeter-se aos cuidados do nutricionista e/ou aos cuidados de enfermagem. O custo/benefício extremamente atraente, porquanto o valor atribuído à consulta -  no início - foi equivalente a R$170,00. A vantagem, imaginava-se, seria o ganho de escala. Temos capacidade de atendimento de até 1.200 pacientes/mês, considerando os quatro consultórios médicos e mais sala de pré-consulta e sala de enfermagem. Hoje o valor da consulta integrada é de R$300,00, sem dúvida, ainda o melhor custo-benefício, tratando da realidade do Distrito Federal.
 
Surpreendemo-nos no início, e isto traduz a realidade de Brasília, quando fomos instados a aumentar o valor originário da consulta, sobretudo pela descrença dos pacientes em julgar que  o valor anunciado da consulta, então R$170,00, não seria compatível com a prestação de serviço de qualidade. Sem dúvida uma experiência de mercado. Optamos pelo não atendimento de operadoras de plano de saúde, exatamente para destinar aos nosso pacientes um atendimento de qualidade. Prontuário eletrônico e uma equipe disposta a assumir integralmente os pacientes. 
 
Nestes quase dois anos de funcionamento o que se pode extrair é a dificuldade de lidar com a qualidade do serviço prestado. Diversos pacientes revelaram-nos que o nosso atendimento é diferenciado, o que significa que estamos no caminho certo, ademais, porque a consulta é humanizada e uma equipe acolhe o paciente em suas fragilidades.
 
Reuniões clínicas e discussão de casos clínicos são realizadas rotineiramente. Faz parte de nossa pretensão o trabalho de pesquisa e revela-se como realidade a parceria com o serviço público, sobretudo, para orientação e prescrição dos medicamentos, que, aliás, aqui em Brasília, tanto o atendimento dos ambulatórios de endocrinologia e diabetes, bem como a farmácia pública, funcionam adequadamente e com qualidade, a despeito da demanda, como, aliás, é realidade em todo o país.
 
Reitero que é evidente o nosso desejo de revelar-se como referência no tratamento do paciente diabético, sobretudo, pelo nosso propósito de insistir, sem ressalvas, no atendimento de máxima qualidade. Contudo, o próprio paciente diabético, ou ainda, os pacientes de modo geral, a maioria das vezes sem acesso a um tratamento de qualidade, sucumbe ao procedimento falacioso do atendimento por meio de operadoras de planos de saúde. O valor do honorários dispensados aos médicos credenciados dão o tom do atendimento a ser prestado, naturalmente, com as honrosas exceções. A dinâmica é a mesma, porquanto o volume de atendimento é o fator que vai indicar a permanência do profissional médico no contrato de adesão a que fora submetido.
 
Assim, sem que o próprio paciente saiba do engodo a que se submete em tratamento que exige amplo conhecimento da doença e participação ativa de sua família, imagina que a simples visita ao médico, na maioria das vezes sem que o tempo de consulta  ultrapasse mais do que cinco a seis minutos, seja suficiente para manter-se equilibrado e sem as danosas consequências que virão em face da evolução de sua doença.
 
A dura realidade tem consequências estarrecedoras, inclusive, economicamente, quando se conclui que a despeito do paciente submeter-se a ingestão de medicamentos, tão-somente, sem o necessário apoio multidisciplinar, sofrerá os danos provocados por sua desídia e mais, promovidos por profissionais médicos que não atuam conjuntamente à vista do imposição do sistema de saúde fadado ao insucesso.
 
Há estudos em evidência que revelam que o tratamento do paciente diabético, sem o propósito de sua educação para a doença, inclusive de seus familiares, sem a atividade física adequada e sem a prescrição dietética permanente, certamente os encaminharão para as mais drásticas consequências, sem dúvida, numa vertente econômica, aumentando-se os gastos com a doença sejam públicos ou privados.
 
Portanto, a ousadia mencionada alhures, diz respeito ao modo pelo qual foi concretizado o sonho; inovador em nossa realidade, contraditório em suas razões comuns. Não obstante, árduo na sua tarefa de manter-se incólume em sua linha de propósitos, ademais, à vista da negligência dos próprios destinatários e mais ainda à concorrência acirrada do mercado, sobretudo, ante as operadoras de plano de saúde que despreza o efetivo tratamento em prol da manutenção de seu suporte econômico. É a difícil tarefa a que estamos submetidos. A experiência é, sem dúvida, tentadora e o nosso alívio reflete-se na fidelidade do paciente que compreende a nossa missão, integralmente em seu favor.
 
É um longo caminho a percorrer, com persistência, ultrapassando as intempéries e mais às dificuldades que ainda serão enfrentadas, sob pena de ver sucumbir um projeto que prioriza a qualidade da prestação do serviço médico em detrimento do imediatismo inerente ao lucro fácil que se revela mais evidente em iniciativas de tal jaez. Enfim, em breves palavras, eis um resumo mínimo do que estamos a enfrentar.
 
Resta-nos claro que a persistência irá nos recompensar, conquanto, desde que possamos suportar o ônus da permanência, ademais, nosso paciente, nosso cliente, precisa estar ciente de que pode manter-se equilibrado em sua saúde e conviver harmoniosamente com sua doença. Urge que ele tenha opção desta alternativa e saiba que ela existe.
 
Estamos sobrevivendo com o melhor dos desejos, qual seja, que um dia, pacientes crônicos saibam que há uma alternativa para o seu bem-estar e de sua família. Seja por meio da iniciativa privada ou pública é um direito que lhes assiste. E aqui estamos para ofertar-lhe esta opção.
 
A nova iniciativa da Clínica Diabetes Brasília é um periódico, bimensal, que se prestará como nosso espaço de divulgação e realizações e ainda, orientações e auxílio aos que buscam um efetivo tratamento. Interessados em receber a newletter podem fazer a assinatura gratuita pelo sítio da clínica em: http://diabetesbrasilia.com.br/

André Braga
advogado e contador,  casado com Eliziane Leite, endocrinologista

É sócio da Clinica Diabetes Brasília Ltda.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Diário de controle glicêmico e aplicação de insulina 


Muitas vezes, as pessoas com diabetes esquecem se tomaram ou não a insulina, o que pode afetar o controle glicêmico. 
Assim, vale anotar em um diário:

  •  os horários,
  • as doses, 
  • o tipo de insulina, 
  • o valor da glicemia capilar (conforme seu médico o orientou, com relação a quantidade de vezes por dia ou por semana) e
  • outras observações que julgar importantes, como por exemplo quando comer alguma coisa que saia da sua rotina ou do que seu nutricionista o instruiu (podendo dar resultados alterados em sua glicemias devido a alimentação descontrolada), atividade física, período menstrual, etc.
Veja alguns exemplos abaixo: 










quinta-feira, 17 de julho de 2014

Diabéticos com deficiência visual




Uma das complicações do diabetes é a retinopatia diabética, que prejudica a visão e se não for tratada pode levar a cegueira. O diabetes é hoje a principal causa de cegueira na população adulta.   
Algumas sugestões podem ajudar esse paciente a garantir um  melhor tratamento.
  • Se a deficiência visual for leve, a caneta de insulina pode ser mais fácil do que a seringa, já que as unidades aparecem de forma numérica e há emissão de som. 
 
 
  • Um membro da família pode preparar a seringa para a pessoa com diabetes apenas aplicar. Neste caso, o familiar ou amigo deve receber todas as instruções de um médico, enfermeiro ou educador em diabetes.  
  • Pedir auxílio de um enfermeiro, farmacêutico ou familiar para verificar as doses antes da aplicação.
  • Pedir ajuda de algum familiar e deixar os comprimidos separados de forma que o paciente sempre saiba qual medicamento está tomando e consiga reconhecê-los ao toque (caso a deficiência seja mais grave).
Site: Bd

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Lipodistrofia - o que é?



Lipodistrofia: é causada quando o diabético injeta insulina no mesmo local muitas vezes ou quando ele reutiliza a agulha muitas vezes. Para preveni-la, é necessário:
 

  • Alternar os locais de aplicação
     
  • Alternar os locais das injeções dentro da área escolhida
     
  • Alternar os lados (direito e esquerdo) da parte do corpo usada
     
  • Trocar a agulha a cada aplicação
A lipodistrofia, por sua vez, se divide em dois tipos: 

1- Lipohipertrofia ou hipertrofia de insulina: aparece sempre de forma suave em formato de nódulos nos locais das injeções. Esta condição pode ser causada pelos efeitos naturais da insulina, por não realizar corretamente o rodízio dos locais de aplicação ou pela reutilização de agulhas. Para evitar o desenvolvimento de hipertrofia, vale alternar os locais de aplicação e não reutilizar as agulhas.

2- Lipoatrofia: é a perda de gordura sob a pele. Esta condição acontece no momento em que há um declive dentro da pele de textura firme. Isto ocorre com mais frequência com insulinas misturadas.

Vale lembrar que nunca se deve injetar insulina nos locais com lipodistrofias porque eles não absorvem muito bem o hormônio. Seria necessário injetar quase o dobro de insulina para obter os mesmos resultados.

A lipodistrofia é mais fácil de ser sentida do que observada, por isso, o paciente deve verificar os locais de aplicação com os dedos frequentemente. Caso sinta alguma anormalidade, como textura, saliência ou cavidade se formando, deve avisar o médico e trocar o local de aplicação.
 
Fonte: site Bd 


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Você sabe quais os locais adequados para aplicação de insulina?


 Aplicação de Insulina
Desde que foi decidido pelo medico o tratamento com insulina, você deve prestar muita atenção no tipo de insulina prescrita, nas doses recomendadas, não podendo o paciente mudar nem o tipo nem a dose, sem a devida orientação medica.

Nos últimos anos, houve grande progresso no desenvolvimento de sistemas de aplicação, desde as tradicionais seringas e agulhas, cada vez mais finas, o que tornou a aplicação de insulina mais confortável e quase indolor. As canetas de aplicação e as bombas de infusão foram desenvolvidas e aprimoradas.

Locais de aplicaçãoÉ importante alternar periodicamente o local de cada aplicação de insulina, fazendo rodízio, uma vez que, quando uma área é utilizada muitas vezes para injetar-se, pode haver problemas degenerativos locais, ate mesmo, prejudicando absorção e conseqüentemente prejudicando o bom controle do Diabetes . As áreas mais adequadas para a aplicação de insulina são:

• Parede abdominal
• Coxas
• Nádegas
• Braços
Assim, sendo uma área relativamente ampla, permite perfeita rotatividade quanto ao local de injeção.

Existem duas maneiras para realizar o rodízio de aplicação de insulina:

1 - Utilizar uma região para cada aplicação diária, ou seja, caso faça três aplicações por dia, utilizar por exemplo: abdomen, coxas e braços.

2 - Dividir as regiões em vários pontos “imaginários”, de forma que cada região tenha em média de 5 à 7 pontos com uma distância de 2 cm entre eles. Desta maneira, cada região poderá ser utilizada para várias aplicações consecutivas, de forma que após a utilização de todos os pontos de todas as regiões, a pele terá um maior tempo para restabelecer-se, diminuindo a probabilidade de problemas degenerativos locais.

Quem fizer uma aplicação diária de insulina poderá utilizar, por exemplo, a coxa direita por até 7 dias, e sucessivamente a coxa esquerda, braço direito, braço esquerdo, parede abdominal, nádegas. Desta maneira, quando retornar a aplicação na coxa direita já terão se passado em média 56 dias, ou seja, tempo suficiente para o “descanso” e restabelecimento da pele da região.

Esta técnica tem sido mais recomendada e aceita pelos profissionais, pois, diminui os casos de lipodistrofias e melhora significantiva na absorção da insulina.

Fonte: ANAD -Associação Nacional de Assistência ao Diabético

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Semana Internacional da Tireoide



      Entre os dias 23 e 27 de maio será realizada a “Semana Internacional de Conscientização da Tireoide”. A campanha mundial tem o objetivo de conscientizar o público, imprensa e profissionais de saúde sobre a tireoide e seus distúrbios. 
      A SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) Nacional, junto com o Departamento de Tireoide, a Comissão de Campanhas da SBEM, as Regionais e empresas, promoverá uma série de ações educacionais em todo território nacional, destinadas aos profissionais de saúde e ao público geral. A campanha conta com palestras, distribuição de material impresso e divulgação de informações sobre tireoide para a mídia. São várias ações, inclusive na televisão e redes sociais. Você já pode acessar, inclusive, o vídeo da campanha em seu canal, no YouTube.
      O dia 25 de maio foi adotado pelas quatro sociedades irmãs (LATS, ETA, ATA e AOTA)* como o “Dia Internacional da Tireoide”. Desde 2009, a Federação Internacional de Tireoide, em conjunto com organizações de pacientes, desenvolvem campanhas educacionais ao redor do mundo durante o que se denominou de “Semana Internacional de Conscientização sobre a Tireoide”.

O que é a Tireoide?
A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço que tem forma de borboleta. Os hormônios tireoidianos (T4 e T3) são responsáveis pela regulação do metabolismo, ou seja, por todo o trabalho celular do organismo. Assim, uma tireoide hipoativa (hipotireoidismo) ou hiperativa (hipertireoidismo) pode causar uma gama de sinais e manifestações clínicas que afetam a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, porque os sintomas podem ser leves ou inespecíficos, o diagnóstico é muitas vezes confundido com outras condições e não realizado. 

Fique Atento

Estima-se que aproximadamente 300 milhões de pessoas sofram de disfunções da tireoide em todo o mundo, sendo que  mais da metade desconhecem sua condição.  As mulheres em particular e os idosos são mais suscetíveis às doenças da tireoide.

No idoso, os sintomas dos distúrbios da tireoide podem ser confundidos com os da própria idade e não serem adequadamente tratados.  Os distúrbios funcionais da glândula, se não tratados, podem causar complicações graves, entre as quais doenças cardiovasculares. Podem ainda afetar a gestação e o feto em desenvolvimento. Por outro lado, as disfunções da tireoide podem ser facilmente detectadas, através de um exame, o TSH, que avalia os níveis do hormônio estimulador da tireoide no sangue. O teste é simples, de baixo custo e disponível pelo SUS. 
Fonte: endocrino.org.br


quinta-feira, 22 de maio de 2014

O que são as Incretinas



      O arsenal para o controle do diabetes tipo 2 ganhou recentemente reforços de peso. São os medicamentos que atuam sobre as incretinas, uma família de hormônios produzida pelo intestino, capaz de potencializar a secreção da insulina. Com cerca de 180 milhões de doentes em todo o mundo, 10 milhões deles no Brasil, o diabetes se caracteriza por uma deficiência na produção ou na ação do hormônio insulina, o que leva a um aumento exagerado da glicemia. As incretinas ajudam a baixar as taxas de glicose no sangue, sobretudo depois das refeições, quando esses níveis tendem a aumentar. "O uso das incretinas abre uma frente ainda inexplorada e com perspectivas excelentes para o tratamento da doença", diz o endocrinologista Marcos Antonio Tambascia, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. A grande vantagem dos novos tratamentos é promover a secreção de insulina, de forma muito parecida à natural, em sintonia com a demanda do organismo. Os antidiabéticos tradicionais não têm esse "termômetro". Eles estimulam a produção de insulina mesmo quando a glicemia está normal. Além de exaurirem as células produtoras do hormônio, aumentam o risco de hipoglicemia. Dentre os novos medicamentos destaca-se a sitagliptina, que é vendida sob o nome comercial de Januvia.
      Uma das mais arrojadas linhas de pesquisa em torno das incretinas é a que lança mão da cirurgia bariátrica. Em 2004 o cirurgião italiano Francesco Rubino percebeu que a cirurgia para a redução do estômago de diabéticos obesos resultava não apenas na perda de peso, mas também no aumento da produção de incretinas. Com um estômago menor, a comida chega mais rápido ao intestino, o que estimula a produção de incretinas. A técnica, com algumas alterações, é testada agora em diabéticos não obesos. Do grupo de seis pacientes submetidos experimentalmente ao procedimento na Universidade Estadual de Campinas, cinco já se livraram das injeções de insulina. Apesar de o método ser promissor, ainda é cedo para decretar sua validade terapêutica.
      A aposta da medicina nas incretinas é enorme. Supõe-se que, além de potencializarem a produção de insulina, elas aumentem a sensação de saciedade e, com isso, promovam a perda de peso. Manter-se no peso ideal é imprescindível para o controle da doença, porque o excesso de células adiposas aumenta a resistência do organismo à insulina. Há fortes indícios, ainda, de que as incretinas também promovam a regeneração das células produtoras de insulina. Conforme o diabetes avança, essas células são progressivamente destruídas. "A expectativa é que esses novos remédios possam diminuir o ritmo de progressão da doença ou mesmo evitar que ela se instale em pacientes pré-diabéticos", diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, de São Paulo.

Fonte:Veja on-line

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Diabetes e Doença Renal Crônica



A crescente prevalência do diabetes no Brasil e no mundo, frequentemente associado à Hipertensão Arterial, à Doença Cardiovascular e ao envelhecimento populacional tem tornado mais frequente também a ocorrência de Doença Renal Crônica.
A Doença Renal Crônica associada ao diabetes se instala de maneira gradativa, assintomática, evoluindo com perda de função renal e a necessidade de tratamento com diálise ou transplante, limitando a qualidade de vida e aumentando o risco de morte prematura.

Mesmo na fase assintomática da Doença Renal Crônica em que a pessoa está aparentemente saudável, é maior o risco de morte prematura de causa cardiovascular, independente do grau de comprometimento renal.
Veja a seguir dúvidas frequentes respondidas pelo Dr. João Roberto de Sá, coordenador do Departamento de Nefrologia da SBD.
Como o diabetes ataca os rins?
O diabetes mellitus ou diabete melito é uma doença crônica caraterizada por graus variáveis de resistência e deficiência insulínica. Sua ocorrência está aumentado na maioria dos países e infelizmente a grande parte dos pacientes não apresentam um bom controle. Um dos motivos é que além do uso dos medicamentos, existe a necessidade da mudança de hábitos de vida, como fazer uma dieta saudável, realizar exercícios físicos regularmente, não fumar, entre outros.
A nefropatia diabética resulta da longa exposição à glicemia elevada, associada ao mau controle da pressão arterial, dos níveis do colesterol, do hábito de fumar e também de fatores genéticos.
Quais as chances de uma pessoa com diabetes desenvolver doença renal?
A chance de um portador de diabete melito ter algum grau de nefropatia diabética é ao redor de 30%. A nefropatia é classificada em estágios, sendo que o 1 é o mais brando e o estágio 5 o mais avançado, que leva o paciente a necessitar de terapia renal substitutiva (dialise ou transplante renal).
Quais são os sinais iniciais de doença renal em pessoas com diabetes?
Todo paciente diabético deve realizar um teste, ao menos anual, para checar a ocorrência de perda de albumina na urina. Esta anormalidade é conhecida como microalbuminúria e ocorre em geral anos antes do aumento da pressão arterial ou da perda da função renal, que é estimada pelo ritmo de filtração glomerular, que utiliza a dosagem de creatinina no plasma como um dos parâmetros.
Quais são os sinais tardios de doença renal em pessoas com diabetes?
Os sinais tardios são o aumento da pressão arterial, dos níveis de creatinina e da ureia, que é uma substância que deve ser eliminada pelos rins; anemia, perda de apetite; náusea e a ocorrência de acidose metabólica. Uma pessoa com doença renal crônica avançada , em geral apresenta redução do apetite e se o tratamento medicamentoso não for adequado, a chance de ocorrer hipoglicemia aumenta bastante.

O que pode ser feito para se prevenir a lesão do rim pelas pessoas com diabetes?
A prevenção da nefropatia diabética está centrada no bom controle glicêmico, principalmente nos primeiros 10 anos após o diagnóstico do DM, no controle da pressão arterial, na dieta sem excesso de proteína, na parada do hábito de fumar e no controle dos níveis das gorduras do sangue. É importante também que o paciente seja orientado a não utilizar, sem acompanhamento médico, remédios que potencialmente possam lesar o rim. Outro ponto importante é que sejam realizados exames rotineiros para checar a presença de proteína na urina ou se o ritmo de filtração glomerular esta em declínio ou não.
O que é e como se trata a insuficiência renal terminal em pacientes com diabetes?
Esta fase é caraterizada por aumento dos níveis de creatinina e uréia no sangue e por sinais e sintomas como falta de apetite, fraqueza geral, náuseas, anemia, inchaço no corpo devido à retenção de água no organismo, aumento da pressão arterial, do potássio e acidose metabólica, ou seja, o rim é incapaz de controlar a concentração de vários sais vitais para o corpo, do volume de líquido e de excretar substâncias tóxicas ao nosso organismo. Nesta fase, faz-se necessária a utilização da terapia renal substitutiva, ou seja, a diálise.
Pode um paciente com diabetes receber um transplante renal?
O transplante renal é uma terapia eficaz, que leva a aumento importante da qualidade de vida e da sobrevida do paciente. Sempre que possível, um paciente diabético prestes a iniciar a diálise ou já em tratamento dialítico, com condições de realizar a cirurgia deverá fazê-la, principalmente se o mesmo tiver um doador renal relacionado, ou seja, um parente doador.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes