quinta-feira, 29 de maio de 2014

Semana Internacional da Tireoide



      Entre os dias 23 e 27 de maio será realizada a “Semana Internacional de Conscientização da Tireoide”. A campanha mundial tem o objetivo de conscientizar o público, imprensa e profissionais de saúde sobre a tireoide e seus distúrbios. 
      A SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) Nacional, junto com o Departamento de Tireoide, a Comissão de Campanhas da SBEM, as Regionais e empresas, promoverá uma série de ações educacionais em todo território nacional, destinadas aos profissionais de saúde e ao público geral. A campanha conta com palestras, distribuição de material impresso e divulgação de informações sobre tireoide para a mídia. São várias ações, inclusive na televisão e redes sociais. Você já pode acessar, inclusive, o vídeo da campanha em seu canal, no YouTube.
      O dia 25 de maio foi adotado pelas quatro sociedades irmãs (LATS, ETA, ATA e AOTA)* como o “Dia Internacional da Tireoide”. Desde 2009, a Federação Internacional de Tireoide, em conjunto com organizações de pacientes, desenvolvem campanhas educacionais ao redor do mundo durante o que se denominou de “Semana Internacional de Conscientização sobre a Tireoide”.

O que é a Tireoide?
A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço que tem forma de borboleta. Os hormônios tireoidianos (T4 e T3) são responsáveis pela regulação do metabolismo, ou seja, por todo o trabalho celular do organismo. Assim, uma tireoide hipoativa (hipotireoidismo) ou hiperativa (hipertireoidismo) pode causar uma gama de sinais e manifestações clínicas que afetam a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, porque os sintomas podem ser leves ou inespecíficos, o diagnóstico é muitas vezes confundido com outras condições e não realizado. 

Fique Atento

Estima-se que aproximadamente 300 milhões de pessoas sofram de disfunções da tireoide em todo o mundo, sendo que  mais da metade desconhecem sua condição.  As mulheres em particular e os idosos são mais suscetíveis às doenças da tireoide.

No idoso, os sintomas dos distúrbios da tireoide podem ser confundidos com os da própria idade e não serem adequadamente tratados.  Os distúrbios funcionais da glândula, se não tratados, podem causar complicações graves, entre as quais doenças cardiovasculares. Podem ainda afetar a gestação e o feto em desenvolvimento. Por outro lado, as disfunções da tireoide podem ser facilmente detectadas, através de um exame, o TSH, que avalia os níveis do hormônio estimulador da tireoide no sangue. O teste é simples, de baixo custo e disponível pelo SUS. 
Fonte: endocrino.org.br


quinta-feira, 22 de maio de 2014

O que são as Incretinas



      O arsenal para o controle do diabetes tipo 2 ganhou recentemente reforços de peso. São os medicamentos que atuam sobre as incretinas, uma família de hormônios produzida pelo intestino, capaz de potencializar a secreção da insulina. Com cerca de 180 milhões de doentes em todo o mundo, 10 milhões deles no Brasil, o diabetes se caracteriza por uma deficiência na produção ou na ação do hormônio insulina, o que leva a um aumento exagerado da glicemia. As incretinas ajudam a baixar as taxas de glicose no sangue, sobretudo depois das refeições, quando esses níveis tendem a aumentar. "O uso das incretinas abre uma frente ainda inexplorada e com perspectivas excelentes para o tratamento da doença", diz o endocrinologista Marcos Antonio Tambascia, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. A grande vantagem dos novos tratamentos é promover a secreção de insulina, de forma muito parecida à natural, em sintonia com a demanda do organismo. Os antidiabéticos tradicionais não têm esse "termômetro". Eles estimulam a produção de insulina mesmo quando a glicemia está normal. Além de exaurirem as células produtoras do hormônio, aumentam o risco de hipoglicemia. Dentre os novos medicamentos destaca-se a sitagliptina, que é vendida sob o nome comercial de Januvia.
      Uma das mais arrojadas linhas de pesquisa em torno das incretinas é a que lança mão da cirurgia bariátrica. Em 2004 o cirurgião italiano Francesco Rubino percebeu que a cirurgia para a redução do estômago de diabéticos obesos resultava não apenas na perda de peso, mas também no aumento da produção de incretinas. Com um estômago menor, a comida chega mais rápido ao intestino, o que estimula a produção de incretinas. A técnica, com algumas alterações, é testada agora em diabéticos não obesos. Do grupo de seis pacientes submetidos experimentalmente ao procedimento na Universidade Estadual de Campinas, cinco já se livraram das injeções de insulina. Apesar de o método ser promissor, ainda é cedo para decretar sua validade terapêutica.
      A aposta da medicina nas incretinas é enorme. Supõe-se que, além de potencializarem a produção de insulina, elas aumentem a sensação de saciedade e, com isso, promovam a perda de peso. Manter-se no peso ideal é imprescindível para o controle da doença, porque o excesso de células adiposas aumenta a resistência do organismo à insulina. Há fortes indícios, ainda, de que as incretinas também promovam a regeneração das células produtoras de insulina. Conforme o diabetes avança, essas células são progressivamente destruídas. "A expectativa é que esses novos remédios possam diminuir o ritmo de progressão da doença ou mesmo evitar que ela se instale em pacientes pré-diabéticos", diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, de São Paulo.

Fonte:Veja on-line

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Diabetes e Doença Renal Crônica



A crescente prevalência do diabetes no Brasil e no mundo, frequentemente associado à Hipertensão Arterial, à Doença Cardiovascular e ao envelhecimento populacional tem tornado mais frequente também a ocorrência de Doença Renal Crônica.
A Doença Renal Crônica associada ao diabetes se instala de maneira gradativa, assintomática, evoluindo com perda de função renal e a necessidade de tratamento com diálise ou transplante, limitando a qualidade de vida e aumentando o risco de morte prematura.

Mesmo na fase assintomática da Doença Renal Crônica em que a pessoa está aparentemente saudável, é maior o risco de morte prematura de causa cardiovascular, independente do grau de comprometimento renal.
Veja a seguir dúvidas frequentes respondidas pelo Dr. João Roberto de Sá, coordenador do Departamento de Nefrologia da SBD.
Como o diabetes ataca os rins?
O diabetes mellitus ou diabete melito é uma doença crônica caraterizada por graus variáveis de resistência e deficiência insulínica. Sua ocorrência está aumentado na maioria dos países e infelizmente a grande parte dos pacientes não apresentam um bom controle. Um dos motivos é que além do uso dos medicamentos, existe a necessidade da mudança de hábitos de vida, como fazer uma dieta saudável, realizar exercícios físicos regularmente, não fumar, entre outros.
A nefropatia diabética resulta da longa exposição à glicemia elevada, associada ao mau controle da pressão arterial, dos níveis do colesterol, do hábito de fumar e também de fatores genéticos.
Quais as chances de uma pessoa com diabetes desenvolver doença renal?
A chance de um portador de diabete melito ter algum grau de nefropatia diabética é ao redor de 30%. A nefropatia é classificada em estágios, sendo que o 1 é o mais brando e o estágio 5 o mais avançado, que leva o paciente a necessitar de terapia renal substitutiva (dialise ou transplante renal).
Quais são os sinais iniciais de doença renal em pessoas com diabetes?
Todo paciente diabético deve realizar um teste, ao menos anual, para checar a ocorrência de perda de albumina na urina. Esta anormalidade é conhecida como microalbuminúria e ocorre em geral anos antes do aumento da pressão arterial ou da perda da função renal, que é estimada pelo ritmo de filtração glomerular, que utiliza a dosagem de creatinina no plasma como um dos parâmetros.
Quais são os sinais tardios de doença renal em pessoas com diabetes?
Os sinais tardios são o aumento da pressão arterial, dos níveis de creatinina e da ureia, que é uma substância que deve ser eliminada pelos rins; anemia, perda de apetite; náusea e a ocorrência de acidose metabólica. Uma pessoa com doença renal crônica avançada , em geral apresenta redução do apetite e se o tratamento medicamentoso não for adequado, a chance de ocorrer hipoglicemia aumenta bastante.

O que pode ser feito para se prevenir a lesão do rim pelas pessoas com diabetes?
A prevenção da nefropatia diabética está centrada no bom controle glicêmico, principalmente nos primeiros 10 anos após o diagnóstico do DM, no controle da pressão arterial, na dieta sem excesso de proteína, na parada do hábito de fumar e no controle dos níveis das gorduras do sangue. É importante também que o paciente seja orientado a não utilizar, sem acompanhamento médico, remédios que potencialmente possam lesar o rim. Outro ponto importante é que sejam realizados exames rotineiros para checar a presença de proteína na urina ou se o ritmo de filtração glomerular esta em declínio ou não.
O que é e como se trata a insuficiência renal terminal em pacientes com diabetes?
Esta fase é caraterizada por aumento dos níveis de creatinina e uréia no sangue e por sinais e sintomas como falta de apetite, fraqueza geral, náuseas, anemia, inchaço no corpo devido à retenção de água no organismo, aumento da pressão arterial, do potássio e acidose metabólica, ou seja, o rim é incapaz de controlar a concentração de vários sais vitais para o corpo, do volume de líquido e de excretar substâncias tóxicas ao nosso organismo. Nesta fase, faz-se necessária a utilização da terapia renal substitutiva, ou seja, a diálise.
Pode um paciente com diabetes receber um transplante renal?
O transplante renal é uma terapia eficaz, que leva a aumento importante da qualidade de vida e da sobrevida do paciente. Sempre que possível, um paciente diabético prestes a iniciar a diálise ou já em tratamento dialítico, com condições de realizar a cirurgia deverá fazê-la, principalmente se o mesmo tiver um doador renal relacionado, ou seja, um parente doador.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes