quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Aspectos esquecidos da diabetes





      Aspectos relacionados à vida social e ao ambiente são fatores que influenciam a qualidade de vida de pessoas com diabetes. É o que aponta um estudo elaborado pelo Departamento de medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
     A pesquisa fez um levantamento da qualidade de vida dos pacientes diabéticos em quatro domínios: físico, psicológico, meio ambiente e relações sociais. Foram estudados dois grupos de pessoas com diabetes: um com controle glicêmico satisfatório e outro com controle glicêmico insatisfatório, avaliados por meio do resultado do exame de hemoglobina glicada.
    Dois questionários foram utilizados para o levantamento de dados. Um referente a características sociodemográficas e clínicas; e o outro para mensurar a qualidade de vida (abordando quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente).
    Quando comparados os resultados observou-se que os dois grupos pesquisados têm uma baixa satisfação da qualidade de vida no domínio psicológico, seguido pelo domínio físico, o domínio das relações sociais e por último o meio ambiente.
      A pesquisa foi motivada pelos altos índices de novos casos de diabetes a cada ano, e mesmo que o diagnóstico, programas educativos de prevenção e tratamento sejam conhecidos, o estudo social da doença era pouco explorado.
    O estudo cria um grande apoio para os profissionais que trabalham com portadores de diabetes. É necessário olhar para a pessoa como um todo, observar seus medos, suas angústias, conversar com seus familiares, proporcionar-lhes atividades que tragam prazer, auto-estima e segurança, em vez de ficarem todos fechados em uma sala só ouvindo sobre diabetes e doenças associadas. É importante que uma equipe multiprofissional, composta por médicos, nutricionistas, enfermeiros, educadores físicos e psicólogos estejam presente para que as atividades educativas tenham sucesso e sejam dinâmicas, alegres e que as pessoas participem ativamente.

Fonte: Jornal da USP (março de 2013)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Distrito Federal tem 165 mil diabéticos


        Em seis anos, a incidência de diabetes no Distrito Federal aumentou 22%. No ano passado, 6,6% dos moradores da capital (165 mil pessoas) se declararam portadores da doença, enquanto em 2006, o índice era de 5,4%. Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgados pelo Ministério da Saúde.
        O aumento segue a tendência nacional, já que houve aumento de 40% na quantidade de diabéticos no país.
        A endocrinologista da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Luciana Bahia observa que os números são um alerta, por se relacionar também ao problema de peso. "O aumento do diabetes significa também o aumento da obesidade e das doenças relacionadas, como infarto e hipertensão, entre outras". A Drª alerta também que os três principais fatores para adquirir a doença do tipo 2 são sedentarismo, genética e sobrepeso.
       A pesquisa apontou que no Brasil, 75% dos diabéticos tem sobrepeso. Em 2011, 49,2% dos brasilienses estavam com sobrepeso e 15% eram obesos.
        Na capital, a maior incidência de portadores da doença são mulheres . A coordenadora regional de diabetes do DF, Drª Patrícia Carvalho, afirma que a maior incidência em mulheres relaciona-se ao aspecto de elas irem mais ao médico, levando a um aumento de diagnóstico.
        Drª Patrícia ressalta, no entanto, que a principal causa da doença está relacionada ao estilo de vida. Por isso, é preciso trabalhar na prevenção.
        A Vigitel mostra que há uma relação entre o nível educacional e incidência da enfermidade no país. Do total de diabéticos, enquanto 12,1% do total têm até 8 anos de escolaridade, apenas 3,8% possuem mais de 12 anos de estudo.

Fonte: Correio Brasiliense

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Por um futuro sem diabetes






        A diabetes quando diagnosticada, são necessárias mudanças em alguns aspectos da vida, que no primeiro momento, causam resistência e até revolta por parte do paciente, como maior cuidado com a alimentação e o uso de medicamentos ou aplicações de insulina, além de visitas regulares ao médico.
        No DF temos mais de 117 mil pessoas na faixa etária entre 20 e 79 anos portadores da doença, dos tipos 1 e 2. É  a maior taxa desde 2007. No mundo são 371 milhões de pessoas com diabetes. A metade delas desconhece o diagnóstico. Um perigo!
        Os melhores recursos, com formas mais práticas e simples de aplicação de insulina, agulhas melhores, medicamentos mais modernos, insulinas mais seguras, são importantes, mas é imprescindível que a pessoa com diabetes e seus familiares tenham contato constante com uma equipe de médicos, nutricionistas e enfermeiros especializados em diabetes. Somente com o esforço dessas equipes multiprofissionais é possível colher os frutos do trabalho bem feito. Essa é a nossa missão diária e a nossa certeza de sucesso.

Drª Eliziane Brandão Leite,
vice presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes

Fonte: Correio Braziliense

quarta-feira, 13 de novembro de 2013



Um dois maiores cartões postais do Brasil irá realizar uma ação no Dia Mundial do Diabetes. O Pão de Açúcar mudará de nome para "Pão sem Açúcar". Quem visitar o monumento terá a oportunidade de realizar testes de glicemia, para medir o nível de açúcar no sangue. O exame será feito por uma equipe especializada da Roche Brasil. Hotéis, táxis e agências de turismo terão sua comunicação alterada para que o turista seja direcionado para o "Pão sem Açúcar".

O diabetes, doença que hoje atinge mais de 371 milhões de pessoas em todo o mundo, será protagonista de um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Para o coordenador da Campanha da SBD, Dr. Márcio Krakauer, “a ação vai chamar a atenção da população brasileira e mundial para esta doença, que não pára de crescer e matar pessoas no mundo todo. Pretendemos com isso, alertar a população para realizar exames e diagnosticar a doença precocemente e, aqueles que já são portadores, que façam um melhor controle da sua doença para com isso reduzir o risco das complicações crônicas do diabetes”.
A campanha contempla rádios, anúncios e ações de marketing guerrilha, criada pela agência Lew’Lara\TBWA, com o apoio da SBD, da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar e da Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro. A ação será marcada por uma inauguração que contará com o apoio de celebridades que sofrem deste problema de saúde. "Esta é uma ação inédita de apoio à causa. Torço para que chegue aos olhos e ouvidos do mundo todo", ressalta Manir Fadel, CCO da Lew\Lara TBWA.
Para promover a conscientização e o diagnóstico precoce da doença, diversas ações serão realizadas ao longo do dia no Morro da Urca. Em um quiosque, montado especialmente para o dia, promotores distribuirão souvenirs temáticos com a nova assinatura do ponto turístico, entre eles canecas, camisetas e cartões postais, além de panfletos com informações sobre a doença.
Na oportunidade, os visitantes também poderão fazer um teste de glicemia, para medir o nível de açúcar no sangue. O exame será feito por uma equipe especializada da Roche Brasil. Além disso, hotéis, táxis e agências de turismo terão sua comunicação alterada para que o turista seja levado para o "Pão sem Açúcar".

14 de novembro Dia Mundial do Diabetes



segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Orientações básicas para aplicação de insulina



 
        O diabetes é uma doença em que ocorre aumento da glicemia (açúcar no sangue). Isso acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

        Para aplicação da insulina:  
  1. Deve ser diretamente no tecido subcutâneo (camada de células de gordura), logo abaixo da pele. A espessura da pele gira em torno de 1,9 a 2,4 milímetros (mm) nos locais de aplicação da insulina. Como a ideia é ultrapassá-la, sem, contudo, atingir os músculos, as agulhas utilizadas podem ter 4, 5, 6 ou, no máximo, 8 mm.
  2. O ângulo  varia em função da quantidade de gordura da área de aplicação. Por exemplo, no caso de uma pessoa magra e com pouca gordura na região de aplicação, corre-se maior risco de atingir os músculos quando se utiliza agulha mais longa e ângulo de aplicação de 90° em relação à superfície da pele. Nesses casos, pode-se optar por uma agulha mais curta, fazer uma prega cutânea (de pele) e aplicar em ângulo de 45°.
  3. A prega de pele é utilizada para evitar que a agulha atinja os músculos que se situam logo abaixo do tecido adiposo (camada de células de gordura). Isso porque no músculo a insulina pode ser absorvida mais rapidamente, provocando hipoglicemia (redução acentuada do açúcar no sangue). É preferível, quando disponível, usar as agulhas mais curtas e mais finas.
         Etapas para aplicação da insulina:
  1.  Passar álcool a 70% no local de aplicação, com movimento em sentido único;
  2.  Fazer a prega subcutânea no local de aplicação (utilizando o polegar e o dedo indicador);
  3. Introduzir a agulha;
  4. Empurrar o êmbolo (ou botão, em caso das canetas) para introduzir a insulina;
  5. Esperar 5 segundos nos casos das seringas e 10 segundos nos casos das canetas, antes de retirar a agulha da pele, pois se retirada imediatamente após a aplicação ocorre perda de gotas de medicação;
  6. Retirar a agulha da pele;
  7. Soltar a prega subcutânea 
       Rodízio entre os locais de aplicação: 
  1. Importante , pois essa conduta diminui o risco de complicações na região da aplicação, tal como a hipertrofia (pontos endurecidos abaixo da pele) ou atrofia (depressões no relevo da pele ocasionado por perda de gordura).
  2. Aguardar pelo menos 14 dias para voltar a aplicar no mesmo ponto. A distância entre dois pontos de aplicação deve ser de mais ou menos três centímetros (dois dedos).
       Conservar a insulina:
  1. Na geladeira o frasco que não estiver em uso, de preferência nas gavetas baixas.
  2. Deve ser retirado somente o frasco que estiver sendo utilizado que tem duração de 30 dias fora da geladeira. Devendo ser mantidos em temperatura ambiente, mas longe do sol ou qualquer fonte de calor.
        É bom dizer também que qualquer dúvida na hora da aplicação da insulina entre em contato com um profissional da saúde de sua confiança.

Fonte: site minhavida   e   BD

Enfª Gleyce do Prado
Coren Df 262.757

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O que é insulina?


        Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que permite a entrada de glicose nas células para serem transformadas em energia. Pessoas com diabetes podem precisar de aplicações de insulina por diferentes motivos: não produzirem insulina suficiente ou não conseguirem usa-lá adequadamente no organismo.
         As injeções de insulina começaram a ser utilizadas para o tratamento do diabetes em 1920.
        Atualmente existem diferentes tipos de insulinas, para atender as necessidades de cada paciente. Na prática a aplicação de insulina tornou-se praticamente indolor graças as inovações das agulhas e canetas.
        Quase toda insulina comercializada atualmente é conhecida como insulina humana; desenvolvida por cientistas em laboratório á partir da tecnologia de DNA recombinante e se assemelha muito com a insulina produzida pelo prâncreas humano.
        A insulina usada no tratamento do diabetes não pode ser tomada em pílulas ou cápsulas, pois as substâncias do estômago interferem em sua eficácia. Com o avanço das pesquisas na área essa realidade talvez seja viável no futuro, mas no momento a única maneira de consumir insulina é através de injeções.
        A forma mais moderna de se aplicar insulina atualmente é pela Bomba de Insulina, que é um aparelho que possui uma cânula flexível que fica acoplado abaixo da pele do paciente (região subcutânea) e vai liberando de forma gradativa microdoses de insulina ao longo do dia e também durante as refeições (se assemelhando ao funcionamento do pâncreas de uma pessoa sem diabetes), auxiliando a melhorar os níveis glicêmicos e evitando futuras complicações da doença. Saiba mais em: http://bombadeinsulina.com.br/

Fonte: site BD

Enfª Gleyce do Prado
Coren Df 262.757