Recentemente, o ministro da Justiça, José
Eduardo foi diagnosticado com câncer de tireoide e o assunto ficou conhecido
pela população brasileira. O câncer de tireoide é considerado raro na maioria
das populações mundiais, representando entre 2% e 5% do total de câncer em
mulheres e menos de 2% nos homens. A última estimativa mundial apontou a
ocorrência de cerca de 300 mil casos novos dessa neoplasia, sendo 68 mil no
sexo masculino e 230 mil no sexo feminino. No Brasil, segundo o Instituto
Nacional do Câncer, a estimativa no Brasil é de 1.150 casos novos de câncer em
homens e 8.050 nas mulheres.
O câncer de tireoide é um câncer que começa
na glândula tireoide. A maior parte dos tumores são benignos, mas outros são
malignos, o que significa que podem se propagar para os tecidos adjacentes e
outras partes do corpo. Os dois tipos mais comuns de câncer de tireoide são o
carcinoma papilífero e o carcinoma folicular. O carcinoma de células de Hürthle
é um subtipo de carcinoma folicular. Todos estes tipos de tumores são
diferenciados.
Outros tipos de câncer de tireoide, como o
carcinoma medular da tireoide, carcinoma anaplásico e linfoma da tireoide,
ocorrem com menos frequência. Os carcinomas diferenciados de tireoide se
desenvolvem a partir das células foliculares da tireoide. Nestes tipos de
câncer, as células se parecem muito com o tecido tireoidiano normal quando
vistas sob um microscópio.
Sintomas
A presença de um nódulo na tireóide, região
anterior baixa do pescoço, normalmente não é indicação da presença de um
câncer. Entretanto, a ocorrência de nódulo tireoidiano em pacientes com
história de irradiação prévia do pescoço ou história familiar de câncer da
tireóide, é mais suspeito. Da mesma forma, a presença de nódulo tireoidiano,
associado à presença de linfonodomegalia cervical (gânglios linfáticos
aumentados no pescoço) e/ou ao sintoma de rouquidão, pode ser indicação de um
tumor maligno na tireóide.
Diagnóstico
Para o diagnóstico do câncer de tireoide os
médicos utilizam uma série de exames que ajudam também a verificar se a doença
já está disseminada. Alguns exames permitem determinar quais tipos de
tratamentos serão mais eficazes. Para a maioria dos tipos de câncer, a biópsia
é a única maneira de fazer um diagnóstico definitivo de câncer.
Será perguntado durante a consulta seu
histórico clínico completo, incluindo informações sobre os sintomas
apresentados, possíveis fatores de risco, histórico familiar, e outras
condições clínicas.
O exame físico dará ao médico informações
sobre possíveis sinais de câncer de tireoide e outros problemas de saúde.
Durante o exame, o médico prestará especial atenção ao tamanho e consistência
da tireoide e dos gânglios linfáticos do pescoço.
Tratamentos
Após o diagnóstico, o médico discutirá com o
paciente as opções de tratamento. Dependendo do estágio da doença e de outros
fatores, as principais opções de tratamento para pessoas com câncer de tireoide
podem incluir cirurgia, iodoterapia, hormonioterapia, radioterapia,
quimioterapia e terapia alvo. Em muitos casos, mais do que um desses
tratamentos ou uma combinação deles podem ser utilizados.
Em função das opções de tratamento definidas
para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como
cirurgião, endocrinologista, oncologista e radioterapeuta. Mas, muitos outros
poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, enfermeiros,
nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos.
Fontes: Com informações do American Cancer Society, Instituto
Nacional do Câncer e Instituto Oncoguia
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