terça-feira, 3 de novembro de 2015

Pé diabético: o que é, quais os sintomas e como tratar?



Pé diabético, mais do que uma complicação do diabetes, é considerado uma situação clínica bastante complexa e que pode atingir não só os pés, mas também os tornozelos dos pacientes, provocando situações como perda da sensibilidade protetora dos pés, úlceras em diferentes estágios evolutivos, deformidades, infecções, amputações e até problemas vasculares periféricos.
A Organização Mundial de Saúde reconhece que a saúde pública se depara com um sério problema em relação ao diabetes e dados epidemiológicos demonstram que o pé diabético é responsável pela principal causa de internação do paciente com diabetes. Atualmente, estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto em razão do pé diabético, sendo que 85% destas são precedidas por úlceras.
O Pé Diabético, principal causa de amputação do membro inferior, tem como principais fatores de risco a neuropatia periférica e a limitação da mobilidade das juntas; assim, pode reunir características clínicas variadas, como alterações da sensibilidade dos pés, presença de feridas complexas, deformidades, alterações da marcha, infecções e amputações, entre outras.

Prevenção e cuidados
Para reduzir as complicações, é essencial que o paciente faça um acompanhamento com equipe multiprofissional, e isso inclui: o médico endocrinologista, nutricionista, educador físico, psicólogo e o enfermeiro, pois a abordagem deve ser especializada e conduzida pelo médico familiarizado, devendo contemplar um modelo de atenção integral (educação, qualificação do risco, investigação adequada, tratamento apropriado das feridas, cirurgia especializada, aparelhamento correto e reabilitação global), objetivando a prevenção e a restauração funcional da extremidade.
Entre os cuidados necessários é importante que seja feita a realização do exame diário dos pés e a proteção de dedos e tornozelos são maneiras mais fáceis de evitar o aparecimento de lesões. É necessário secar bem os pés, cortar as unhas periodicamente e com cuidado para não causar feridas, evitar a aproximação de calor perto do local (bolsas de água quente e fogo), examinar diariamente os sapatos e ir a consultas periódicas com seu médico. O fumo e o álcool também são fatores agravantes para pacientes portadores de diabetes, pois colaboram para o agravamento de problemas neurovasculares.
Em casos de feridas infectadas o tratamento com antibióticos e curativos periódicos são necessários, assim como o repouso adequado para cicatrização das feridas, além do rigoroso controle das glicemias.
Quando a ferida não cicatrizar é necessário investir na terapia hiperbárica, que consiste em oferecer oxigênio a 100% numa pressão maior que a atmosférica. Além de levar o oxigênio, o princípio hiperbárico faz com que o sangue transporte elementos cicatrizantes, antibióticos e nutrientes.

Fontes: Com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes e do Hospital Albert Einstein

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